Encarando de frente

Nos diversos espaços virtuais, tenho visto psicólogos e não psicólogos se arriscando a defender suas teorias sobre a emoção, dar diagnósticos, interpretar sintomas psíquicos, criar hipóteses e fórmulas para se ficar bem em tempo de pandemia.

As opiniões estão em todo lugar: sites de ginástica, sites médicos, Instragrams de coaches, LinkedIn de gurus (autoajuda), redes de apoio de voluntários e até livrinhos online abertos no “minuto de sabedoria”. São inúmeras pessoas que desejam aliviar a dor dos outros, talvez egoisticamente para aliviar a própria dor. Tem-se a impressão de que há uma verdadeira pandemia do desespero na busca de falar como se aliviar, mas também uma pandemia de desmandos em um quase atropelo de si mesmo na ânsia de estar em contato com o outro. Vejamos alguns desses exageros que borram a vida das pessoas:

– responder a todos os grupos do WhatsApp;
– estar presente em várias lives;
– fazer novas receitas de comidas novas toda semana;
– sair de casa todas as vezes que der brecha;
– maratonar as séries;
– pensar demais na vida e sofrer com intensidade;
– alegrar-se de maneira descompensada;
– cobrar de si a limpeza total;
– e outras demasias que cada um sabe qual é.

Por isso, por uma questão de coerência com essa filosofia de não exceder os limites, nos meses anteriores, não publicamos no blog.

Neste momento consideramos que é necessária uma análise mais crítica e diálogos sobre sono e sonho.

série

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2 comentários em “Encarando de frente”

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